segunda-feira, 8 de setembro de 2014

No fundo eu era assim.

"(...) Eu, que caminhava pelo mundo, insulado em meu desprezo! Eu, que sentia o orgulho da inteligência (...) Isso é que eu era: lixo, escória, bêbedo e mesquinho, repugnante e grosseiro, uma besta selvagem dominada por instintos asquerosos. Eu, que vinha daqueles jardins onde tudo era pureza, esplendor e suave encantamento! Eu, que havia amado a música de Bach e as belas poesias! Penetrado de asco e de indignação, ouvia ainda o meu próprio riso, um riso ébrio, desenfreado, que fluía aos borbotões, estúpido. Aquilo era eu"!

Demien - Hermann Hesse

ETERNA MÁGOA – poema de Augusto dos Anjos

O homem por sobre quem caiu a praga Da tristeza do mundo, o homem que é triste Para todos os séculos existe E nunca mais o seu pesar se a...