sábado, 12 de setembro de 2015

Ela, não Ofélia, nem Ismália

Ela, não Ofélia, nem Ismália
Tecia, com júbilo, sua mortalha
E sobre a torre repousava
No parapeito da insânia

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A "Ela, não Ofélia, nem Ismália", nenhum amor ingrato afligia. Tampouco tinha qualquer fixação pela Lua. Nascera louca. Tinha obsessão pela ceifadora de todas a vidas e pela vermelhidão do próprio sangue. Teceu sua mortalha como quem se prepara para o matrimônio. Precipitou-se torre abaixo com um riso largo. Encontrou os lábios da Morte na superfície dura de uma rocha. Sapos e grilos velaram seu corpo, entoando uma bela sinfonia. Encontrou descanso sob o céu estrelado, envolvida pelas águas tranquilas do lago.

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Trecho inicial de uma poema que escrevi no Ensino Médio e infelizmente, minha mãe jogou fora kkkkk Era bem legal, mas só consigo lembrar disso :(

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